De acordo com o Davi, ontem foi um dos dias mais felizes da vida dele. Por que?
Bem, ele levou bronca de manhã de tão ansioso que estava com… a atualização do fortnite. Falava nisso a cada cinco minutos. Peguei acordado às seis da manhã, espiando a internet (mandei dormir de novo). Acordou falando nisso. Seguiu pedindo para jogar em horário fora do combinado. Apelou até para assistir um canal no YouTube exclusivo do jogo. Foi tanta encheção que tive que ficar brava e ameaçar – no melhor estilo pior mãe do mundo: “se ouvir falar nesse assunto mais uma vez, vai ficar sem jogar hoje”.
Falei mesmo. E resolveu.
No fundo, eu sabia que a causa da ansiedade e euforia não era a novidade no jogo de vídeo game que ele começou a jogar há 2 anos. Tá legal, tem personagens novos, roupas novas, missões novas… até musiquinha nova.
Mas nada, nada supera “o evento” do dia 13/09: a volta às aulas presenciais.
Aqui em Poços, o segundo ano do fundamental voltou somente ontem, após um ano e meio sem pisar na escola. Sem ver os amiguinhos. Sem conversar no meio da aula. Sem escutar professora pedindo silêncio. Sem deixar estojo cair no chão; pedir para ir ao banheiro bem na hora daquele exercício importante; ver o que os amigos levaram de lanche; correr no intervalo; copiar o que a professora passa no quadro…
Um ano e meio sem estar no local onde mais se identifica. Onde cria laços que duram por anos. Onde deposita amor e confiança. Onde aprende autonomia e a lidar com os sentimentos dos outros.
Ah… a escola.
Fomos a pé e ele estava calmo, sem sequer falar sobre o que esperava da aula. Parecia tudo normal. Só que não era nada normal.
Era o PRIMEIRO DIA DE AULA. Com o material do ano anterior, camiseta do uniforme pequena e tênis que mais fica no armário do que na rua.
O primeiro dia de aula de verdade! Aquele no maternal foi significativo para mim, não para o Davi.
E ele sabia.
Se a entrada foi tímida, a saída foi outra conversa. Só faltava pular de emoção. Repetia sem parar que foi muito bom; que não adorou, amou!
E percebi no brilho do olhar de um pequeno de 8 anos como a escola é essencial.
Mais que essencial, é vital.❤️
Com máscara, sem máscara… com exceção da nossa casa, não há espaço mais importante para os nossos filhos.
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